INPO promove Workshop Internacional sobre Pesquisa no Oceano Profundo
Especialistas também vão debater as bases para a expedição científica nas montanhas submarinas do litoral do Brasil
O Instituto Nacional de Pesquisas Oceânicas (INPO) realizou, em conjunto com a fundação saudita Ocean Quest, o Workshop Internacional sobre Pesquisa no Oceano Profundo, que teve como objetivo a criação de uma expedição para pesquisar o mar profundo da Cadeia Vitória-Trindade (CVT), ainda pouco conhecida pela comunidade científica brasileira.
O workshop reuniu pesquisadores nacionais e estrangeiros que apresentaram o conhecimento científico disponível sobre o tema e debateram as bases para a expedição científica que será realizada no segundo semestre deste ano, com foco nas montanhas submarinas da Cadeia Vitória-Trindade, a três mil metros de profundidade.
Segundo o diretor do INPO, Segen Estefen, há uma lacuna no conhecimento do oceano profundo no mundo. Para ele, o Brasil tem a oportunidade de estruturar mecanismos de pesquisa que nos colocam dentre os maiores players no tema.
“Esse tipo de investigação exige equipamentos avançados e uma infraestrutura ainda pouco acessível aos pesquisadores brasileiros. E é muito custoso, tal qual a exploração espacial, no mesmo nível de magnitude”, afirma.
A expedição vai estudar os ambientes únicos nos estratos verticais de montanhas da CVT, utilizando como um ROVs (Remotely Operated Vehicles – Veículos Operados Remotamente). Esses submarinos robóticos não tripulados são controlados a partir de um navio de pesquisa e permitem explorar regiões inacessíveis ao ser humano.
“Estamos estruturando essa expedição utilizando tecnologia de ponta e recursos que, devido ao alto custo, ainda não estão ao nosso alcance”, explica Janice Trotte-Duhá, diretora de Infraestrutura e Operações do INPO.
Infraestrutura e necessidade de expansão tecnológica
Atualmente, o Brasil conduz pesquisas na Cadeia Vitória-Trindade apenas em águas superficiais, chegando a no máximo 200 metros de profundidade.
“Precisamos conhecer e monitorar nosso oceano, da superfície até os mais escuros abissais. O INPO contribuirá para preencher essa necessidade e impulsionar a ciência oceânica nacional. O workshop representa um passo crucial para mudar esse cenário, trazendo o que há de mais moderno para o estudo do mar profundo brasileiro”, destaca Janice.
Sobre a cadeia Vitória-Trindade
A Cadeia Vitória-Trindade (CVT) é uma formação geológica submarina localizada no Oceano Atlântico Sul, ao largo da costa do Espírito Santo, Brasil. Trata-se de um alinhamento de montes submarinos que se estende por aproximadamente 1.200 km, desde a plataforma continental brasileira até a ilha de Trindade e o arquipélago de Martim Vaz, que marcam seu extremo leste.
A CVT encontra-se a uma distância de 380 milhas náuticas (cerca de 700 km) da costa brasileira, ficando parte dela além da plataforma continental brasileira, de 200 milhas e, em algumas partes, fora da Zona Econômica Exclusiva (ZEE) do Brasil.
É um dos ambientes marinhos mais importantes do Brasil, com grande potencial para pesquisa científica, conservação e desenvolvimento sustentável. No entanto, para garantir sua preservação, é essencial um esforço coordenado entre instituições brasileiras e internacionais, combinando ciência, políticas ambientais e monitoramento contínuo.
Especialistas também vão debater as bases para a expedição científica nas montanhas submarinas do litoral do Brasil
O Instituto Nacional de Pesquisas Oceânicas (INPO) realizou, em conjunto com a fundação saudita Ocean Quest, o Workshop Internacional sobre Pesquisa no Oceano Profundo, que teve como objetivo a criação de uma expedição para pesquisar o mar profundo da Cadeia Vitória-Trindade (CVT), ainda pouco conhecida pela comunidade científica brasileira.
O workshop reuniu pesquisadores nacionais e estrangeiros que apresentaram o conhecimento científico disponível sobre o tema e debateram as bases para a expedição científica que será realizada no segundo semestre deste ano, com foco nas montanhas submarinas da Cadeia Vitória-Trindade, a três mil metros de profundidade.
Segundo o diretor do INPO, Segen Estefen, há uma lacuna no conhecimento do oceano profundo no mundo. Para ele, o Brasil tem a oportunidade de estruturar mecanismos de pesquisa que nos colocam dentre os maiores players no tema.
“Esse tipo de investigação exige equipamentos avançados e uma infraestrutura ainda pouco acessível aos pesquisadores brasileiros. E é muito custoso, tal qual a exploração espacial, no mesmo nível de magnitude”, afirma.
A expedição vai estudar os ambientes únicos nos estratos verticais de montanhas da CVT, utilizando como um ROVs (Remotely Operated Vehicles – Veículos Operados Remotamente). Esses submarinos robóticos não tripulados são controlados a partir de um navio de pesquisa e permitem explorar regiões inacessíveis ao ser humano.
“Estamos estruturando essa expedição utilizando tecnologia de ponta e recursos que, devido ao alto custo, ainda não estão ao nosso alcance”, explica Janice Trotte-Duhá, diretora de Infraestrutura e Operações do INPO.
Infraestrutura e necessidade de expansão tecnológica
Atualmente, o Brasil conduz pesquisas na Cadeia Vitória-Trindade apenas em águas superficiais, chegando a no máximo 200 metros de profundidade.
“Precisamos conhecer e monitorar nosso oceano, da superfície até os mais escuros abissais. O INPO contribuirá para preencher essa necessidade e impulsionar a ciência oceânica nacional. O workshop representa um passo crucial para mudar esse cenário, trazendo o que há de mais moderno para o estudo do mar profundo brasileiro”, destaca Janice.
Sobre a cadeia Vitória-Trindade
A Cadeia Vitória-Trindade (CVT) é uma formação geológica submarina localizada no Oceano Atlântico Sul, ao largo da costa do Espírito Santo, Brasil. Trata-se de um alinhamento de montes submarinos que se estende por aproximadamente 1.200 km, desde a plataforma continental brasileira até a ilha de Trindade e o arquipélago de Martim Vaz, que marcam seu extremo leste.
A CVT encontra-se a uma distância de 380 milhas náuticas (cerca de 700 km) da costa brasileira, ficando parte dela além da plataforma continental brasileira, de 200 milhas e, em algumas partes, fora da Zona Econômica Exclusiva (ZEE) do Brasil.
É um dos ambientes marinhos mais importantes do Brasil, com grande potencial para pesquisa científica, conservação e desenvolvimento sustentável. No entanto, para garantir sua preservação, é essencial um esforço coordenado entre instituições brasileiras e internacionais, combinando ciência, políticas ambientais e monitoramento contínuo.