Oceano profundo desconhecido: pesquisa mostra que só 0,001% foi observado
Diretor-geral do INPO comenta que exploração das profundezas oceânicas é um desafio que deve ser perseguido
Apenas 0,001% do oceano profundo foi visualmente documentado, conforme estudo publicado na revista Science Advances pela Ocean Discovery League. Isso equivale a aproximadamente a área do município de Diamantina (MG). Para Segen Estefen, diretor-geral do Instituto Nacional de Pesquisas Oceânicas (INPO), a limitada exploração das profundezas oceânicas representa um desafio para a ciência que não deve ser deixado de lado.
“Atualmente, cerca de 80% do oceano permanece inexplorado, o que limita a nossa compreensão sobre sua biodiversidade e os serviços ecossistêmicos que oferece, como a regulação do clima e a produção de oxigênio. Há muita coisa a ser descoberta e os benefícios para a humanidade podem chegar em diversas áreas, inclusive na saúde, por exemplo”, comenta.
A pesquisa analisou dados de 43.681 mergulhos realizados desde 1958. Observou-se que 97% dessas expedições foram conduzidas por apenas cinco países: Estados Unidos, Japão, Nova Zelândia, França e Alemanha. Além disso, 71% das explorações ocorreram nas zonas econômicas exclusivas desses países, concentrando-se em regiões com características geográficas específicas, enquanto vastas planícies abissais permanecem inexploradas. Como o litoral do Brasil, por exemplo.
A pesquisa também revelou que grande parte dos dados obtidos por empresas privadas, como petrolíferas e de telecomunicações, não está disponível para a comunidade científica. Diante da crescente pressão por atividades como mineração submarina, os pesquisadores alertam para a importância de expandir o conhecimento sobre os oceanos antes de intensificar a exploração de seus recursos.
“Temos uma área imensa a ser explorada. Uma delas é a Cadeia Vitória-Trindade (CVT). Nosso objetivo é fazer uma expedição nessa área no próximo semestre”, comenta Segen. “O pouco que conhecemos já sinaliza o grande potencial da região: biodiversidade, riquezas minerais, e possíveis descobertas de fármacos são só alguns exemplos”, completa.
Diretor-geral do INPO comenta que exploração das profundezas oceânicas é um desafio que deve ser perseguido
Apenas 0,001% do oceano profundo foi visualmente documentado, conforme estudo publicado na revista Science Advances pela Ocean Discovery League. Isso equivale a aproximadamente a área do município de Diamantina (MG). Para Segen Estefen, diretor-geral do Instituto Nacional de Pesquisas Oceânicas (INPO), a limitada exploração das profundezas oceânicas representa um desafio para a ciência que não deve ser deixado de lado.
“Atualmente, cerca de 80% do oceano permanece inexplorado, o que limita a nossa compreensão sobre sua biodiversidade e os serviços ecossistêmicos que oferece, como a regulação do clima e a produção de oxigênio. Há muita coisa a ser descoberta e os benefícios para a humanidade podem chegar em diversas áreas, inclusive na saúde, por exemplo”, comenta.
A pesquisa analisou dados de 43.681 mergulhos realizados desde 1958. Observou-se que 97% dessas expedições foram conduzidas por apenas cinco países: Estados Unidos, Japão, Nova Zelândia, França e Alemanha. Além disso, 71% das explorações ocorreram nas zonas econômicas exclusivas desses países, concentrando-se em regiões com características geográficas específicas, enquanto vastas planícies abissais permanecem inexploradas. Como o litoral do Brasil, por exemplo.
A pesquisa também revelou que grande parte dos dados obtidos por empresas privadas, como petrolíferas e de telecomunicações, não está disponível para a comunidade científica. Diante da crescente pressão por atividades como mineração submarina, os pesquisadores alertam para a importância de expandir o conhecimento sobre os oceanos antes de intensificar a exploração de seus recursos.
“Temos uma área imensa a ser explorada. Uma delas é a Cadeia Vitória-Trindade (CVT). Nosso objetivo é fazer uma expedição nessa área no próximo semestre”, comenta Segen. “O pouco que conhecemos já sinaliza o grande potencial da região: biodiversidade, riquezas minerais, e possíveis descobertas de fármacos são só alguns exemplos”, completa.