INSTITUIÇÃO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

INPO participa de reunião de ciência oceânica e polar do BRICS em Brasília

19 DE MAIO, 2025
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A diretora de Infraestrutura e Operações do INPO, Janice Trotte Duhá e pesquisadores que fazem parte da rede do INPO participam essa semana da reunião do Grupo de Trabalho em Ciência e Tecnologia Oceânica e Polar do BRICS. O encontro em Brasília começa nesta terça-feira (20) e vai até quinta-feira (22). Trata-se de uma reunião científica preparatória para a próxima cúpula do Brics, que acontece nos dias 6 e 7 de julho, no Rio de Janeiro. 

“O grupo, que inclui Brasil, Índia, África do Sul, Rússia e China, contempla um número expressivo de países, correspondendo a uma larga percentagem da população mundial. Essa é a primeira participação do INPO em uma reunião do BRICS. Temos grande expectativa de avançar em questões importantes como desenvolvimento tecnológico e veículos autônomos”, afirmou Janice.

O evento ocorre sob a coordenação brasileira e integra as atividades da iniciativa BRICS STI Framework Programme, criada para fomentar a cooperação científica e tecnológica entre os países membros. Fundado oficialmente em 2018, o grupo de trabalho voltado à ciência oceânica e polar reúne projetos que envolvem todos os países do BRICS — Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — e passou recentemente a incluir os novos integrantes da aliança.

O professor Mauro Cirano, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e da rede de pesquisadores do INPO, fará parte da delegação brasileira do evento, que neste ano está sob a coordenação do Brasil. “Existem dez linhas temáticas dentro dos grupos de trabalho do BRICS. Faço parte do nosso grupo desde a sua criação, em 2018.”, afirmou Cirano. 

Desde seu lançamento em 2016, o BRICS STI Framework Programme já apoiou mais de 90 projetos de pesquisa conjunta, incluindo áreas como energia renovável, tratamento de recursos hídricos e prevenção de desastres naturais. O programa exige a participação de pelo menos três países do bloco em cada proposta e já movimentou milhares de cientistas em seus editais.

A reunião em Brasília “reforça o papel do Brasil como articulador de iniciativas científicas internacionais e antecipa a intensificação da presença brasileira na Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos, marcada para junho em Nice, França”, destaca Janice.