INSTITUIÇÃO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

Brasil será o primeiro país do mundo a incluir cultura oceânica no currículo das escolas

Diretor-geral do INPO comemora iniciativa

10 DE ABRIL, 2025
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Lançamento do “Currículo Azul”, em Brasília, com a presença de alunos, a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luciana Santos e o secretário-executivo do Ministério da Educação (MEC), Gregório Grisa

O Brasil deve se tornar o primeiro país do mundo a ter a cultura oceânica no currículo escolar nacional, o chamado Currículo Azul. O protocolo de intenções para que isso ocorra foi assinado pela ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luciana Santos e o secretário-executivo do Ministério da Educação (MEC), Gregório Grisa nesta quinta-feira (10) durante o Fórum Internacional “Currículo Azul: Experiências Internacionais em Educação e Cultura Oceânica para a Resiliência Climática”.

“Este é um momento histórico para o Brasil e para a agenda internacional da cultura oceânica. O lançamento do compromisso do Governo Federal com a construção contínua do Currículo Azul representa um passo firme em direção a uma sociedade mais consciente, resiliente e comprometida com o futuro do planeta”, afirmou Luciana Santos.

Para Segen Estefen, diretor-geral do Instituto Nacional de Pesquisas Oceânicas (INPO), este é um importante passo para que a sociedade civil entenda a importância de conhecer os oceanos, que ocupam mais de 70% da superfície do planeta. 

“É um ato que nos coloca em destaque no cenário internacional. Estamos felizes que a Educação também entre nesse desafio que é conhecer os oceanos, uma área que ainda pouco sabemos e que pode trazer benefícios econômicos e sociais, para toda a sociedade. Além de nos ajudar a entender fenômenos que já nos afetam. O INPO não só apoia essa ideia, mas também se coloca à disposição para auxiliar em conteúdos, sejam eles de realidade virtual, de observação, novas tecnologias para a transição energética e muitas outras possibilidades que nós temos na ciência oceânica”, destacou.

Ronaldo Christofoletti, co-presidente do Grupo de Especialistas em Cultura Oceânica da UNESCO e membro da Rede de Pesquisadores do INPO e a ministra do MCTI Luciana Santos

O Fórum foi realizado no auditório do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e um dos idealizadores foi o professor no Instituto do Mar da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Ronaldo Christofoletti, co-presidente do Grupo de Especialistas em Cultura Oceânica da UNESCO e membro da Rede de Pesquisadores do INPO. 

“O Currículo Azul demonstra o pioneirismo e a liderança do Brasil nesse cenário. O projeto vai contribuir para que a gente forme cidadãos e cidadãs que, no futuro, vão atuar em todas as áreas do conhecimento. A cultura oceânica na escola vai beneficiar enormemente quem buscar oportunidades de trabalho dentro da área. A gente sai fortalecido ao ampliar nossa rede, inclusive agora com o apoio do INPO, que inclui essa discussão da cultura oceânica dentro da ciência”, comentou Ronaldo.

“O Ronaldo Christofoletti realiza um trabalho contínuo, persistente e inovador nessa área aqui no Brasil. Eu acho que essa construção é extremamente relevante para o nosso país e para o nosso planeta. Temos que buscar formas novas de fácil comunicação, inclusive ilustrativas, para que a juventude se aproxime desse desafio de conhecer melhor o oceano”, acrescentou Estefen.

Olimpíada Brasileira e Internacional do Oceano

Durante o evento, também foram anunciadas outras diretrizes para os Oceanos, incluindo os editais da 5ª Olimpíada Brasileira do Oceano e da 2ª Olimpíada Internacional do Oceano. O objetivo, segundo a ministra do MCTI, é a mobilização nacional e internacional por meio da educação, ciência e cidadania.

“A nossa missão é transformar os conhecimentos gerados pelas pesquisas em ações concretas que beneficiem a sociedade, promovendo a integração da educação com as necessidades globais e a proteção dos nossos recursos naturais”, explicou a ministra em entrevista para o site do MCTI.